sábado, 29 de dezembro de 2007

Mais de 30 arqueólogos avençados do Estado cessam funções

em: http://clix.expresso.pt/gen.pl?p=stories&op=view&fokey=ex.stories/203734

"Lisboa, 28 Dez (Lusa) - Mais de 30 arqueólogos avençados do Estado, incluindo cinco do Parque do Vale do Côa, cessam funções na segunda-feira, pondo em risco a continuidade de escavações e investigações da arte rupestre, disseram hoje responsáveis do sector.

Os arqueólogos trabalham, há vários anos, em regime de avença para o agora denominado Instituto de Gestão do Património Arquitectónico e Arqueológico, criado por decreto em Março deste ano e que funde os antigos Instituto Português do Património Arquitectónico e Instituto Português de Arqueologia.

Cinco exercem funções no Parque Arqueológico do Vale do Côa, onde investigam a pintura rupestre, coordenam as actividades pedagógicas das visitas escolares e preparam os conteúdos expositivos do Museu do Côa, com data de abertura prevista para 2008.

Os restantes trabalham nas extensões do Instituto em Silves, Castro Verde, Torres Novas, Lisboa, Pombal, Viseu, Covilhã, Vila do Conde e Macedo de Cavaleiros, onde asseguram a realização das escavações preventivas em caso de obras públicas ou particulares em sítios de interesse arqueológico.

O vice-director do Instituto de Gestão do Património Arquitectónico e Arqueológico, João Ribeiro, manifestou-se, em declarações à Agência Lusa, "obviamente preocupado" com as consequências do termo do vínculo laboral dos arqueólogos, embora revelando-se "esperançado" de que "a descontinuidade possa criar, de futuro, os procedimentos necessários e possíveis para a substituição dos regimes de avença por contratos individuais de trabalho".

O responsável, que tutela na direcção do Instituto a área da arqueologia, referiu que, "em tempo", foi apresentada uma proposta para a renovação das avenças, que teve a "concordância" da ministra da Cultura, que a remeteu para o Ministério das Finanças, do qual aguarda resposta.

"Há a promessa de que, no mais curto prazo, a situação seja resolvida", afirmou, sem precisar datas.

João Ribeiro adiantou que a cessação das avenças insere-se no Programa de Reestruturação da Administração Central do Estado (PRACE).

A Lusa procurou saber, sem sucesso, junto dos assessores de imprensa do ministro das Finanças quando é que será dada uma resposta à proposta de renovação dos vínculos laborais dos arqueólogos.

"Foi uma forma cobarde de tratar as pessoas", lamentou à Lusa José Pedro Branco, membro da Comissão de Trabalhadores do Vale do Côa, sublinhando que os arqueólogos receberam hoje, por telefone, a notícia de que cessavam o seu trabalho no Parque Arqueológico.

O vice-director do Instituto de Gestão do Património Arquitectónico e Arqueológico João Ribeiro esclareceu que, depois de ter tomado conhecimento esta semana de que os contratos de avença dos arqueólogos não seriam renovados até ao fim do ano, reuniu-se na quinta-feira com alguns dos visados para lhes transmitir a notícia, tendo esta sido comunicada, por telefone e correio electrónico, aos que não compareceram à reunião.

"Eram absolutamente indispensáveis. Estou preocupadíssima", comentou, por sua vez, a directora do Parque Arqueológico do Vale do Côa, Alexandra Cerveira Lima, frisando que a saída de cinco arqueólogos do parque, no qual trabalhavam há dez anos, representa um "golpe grande" no "trabalho de campo na arte rupestre, na preparação de conteúdos para o novo museu e no serviço educativo".

"Com dois arqueólogos efectivos vai ser manifestamente impossível assegurar algumas funções vitais do Parque", sustentou.

Segundo a responsável, a cessação do vínculo laboral dos arqueólogos que trabalhavam para o Estado noutras regiões do país põe em causa a continuidade das "escavações prévias", uma "obrigação legal do Estado" em caso de realização de obras públicas ou particulares e estudos de impacte ambiental em sítios de interesse arqueológico.

ER.

Lusa/Fim"


E a vergonha continua... vivam o Socrates e as suas "politicas de desenvolvimento"

sexta-feira, 28 de dezembro de 2007

Reportagem "caçadores de tesouros"

A reportagem que passou ontem no Jornal da Noite da SIC acerca das pilhagens de sitios arqueologicos em Trás-os-Montes - em particular Castros e grutas Pré-históricas!

(clicar para ver)

sexta-feira, 21 de dezembro de 2007

quinta-feira, 20 de dezembro de 2007

Museu da Lourinhã descobre novos achados arqueológicos

Os arqueólogos do Museu da Lourinhã poderão ter descoberto um novo sítio arqueológico no concelho, após a campanha de prospecção e escavação realizada este Verão.

O local não é revelado por uma questão segurança e para preservar os achados. Carla Tomás, coordenadora de projecto do Museu da Lourinhã, revelou à RCL que o material que foi possível extrair encontra-se agora em laboratório para ser estudado.

Por agora é ainda impossível datar as peças descobertas, que vêm enriquecer o espólio do museu, quando está também a decorrer o estudo e inventariação da colecção de arqueologia do museu.A importância dos fósseis será mais significativa se os investigadores concluírem tratar-se mesmo de um novo sítio arqueológico.

Na área da paleontologia, o trabalho de campo realizado este ano permitiu concluir uma escavação com vários fósseis de um dinossauro saurópode, um animal herbívoro e quadrúpede pertencente ao Jurássico Superior.

Data de publicação: 2007-12-18
IN:http://www.rcl99.fm/noticia.php?id=4910

Indiana Jones portugueses esventram sítios arqueológicos em Trás-os-Montes à caça de tesouros

Arqueologia: Indiana Jones portugueses esventram sítios arqueológicos em Trás-os-Montes à caça de tesouros

Bragança, 18 Dez (Lusa) - Indiana Jones à portuguesa escavam os principais sítios arqueológicos de Trás-os-Montes perseguindo hipotéticos tesouros e destruindo, ao mesmo tempo, legados do passado, denunciou hoje á Lusa fonte do Instituto de Gestão do Património Arquitectónico e Arqueológico (IGESPAR).

Segundo o arqueólogo Luís Pereira, neste afã aventureiro, estes autênticos "caçadores de tesouros" munidos de detectores de metais e pás, partem à procura de riqueza em legados antigos deixando, atrás de si, vestígios de destruição que começam a causar muitas preocupações.

O responsável pela extensão, em Trás-os-Montes, do IGESPAR garante já ter encontrado vestígios desta prática que procura falsas riquezas em locais onde o único valor que existe é o testemunho histórico. Um dos locais mais "atacados" nos últimos tempos é a gruta conhecida como Lorga de Dine, no concelho de Vinhais, no Parque Natural de Montesinho, um dos locais mais representativos do Calcolítico e da Idade do Bronze .

In:http://ww1.rtp.pt/noticias/index.php?article=314721&visual=26&tema=5

quarta-feira, 19 de dezembro de 2007

"Caçadores de tesouros" em Vinhais

"Caçadores de tesouros" à portuguesa têm escavado os principais sítios arqueológicos de Trás--os-Montes, destruindo legados do passado enquanto procuram hipotéticos tesouros, denunciou à Lusa o arqueólogo Luís Pereira, do Instituto de Gestão do Património Arquitectónico e Arqueológico (IGESPAR).

Segundo o arqueólogo, os indivíduos, munidos de detectores de metais e pás, partem à procura de riqueza deixando atrás de si vestígios de destruição que começam a causar muitas preocupações. O responsável pela extensão do IGESPAR em Trás-os-Montes garante já ter encontrado vestígios desta prática e um dos locais mais "atacados" tem sido a gruta conhecida como Lorga de Dine, no concelho de Vinhais, no Parque Natural de Montesinho, um dos locais mais representativos do Calcolítico e da Idade do Bronze.

As salas e galerias têm sido vandalizadas à procura de tesouros, acredita o arqueólogo. A Câmara de Vinhais está a desenvolver um projecto de valorização do local, mas a sua protecção é complicada. Ali habita uma colónia de morcegos protegidos que precisam de sair à noite, o que não permite fechar o acesso.

A GNR de Bragança garantiu à Lusa não ter registado qualquer queixa sobre esta actividade, embora seja do conhecimento geral que algumas pessoas encontram objectos antigos.

IN: Jornal de Noticias 19/12/2007
http://jn.sapo.pt/2007/12/19/ultima/cacadores_tesouros_vinhais.html

segunda-feira, 17 de dezembro de 2007

Património Marvão

Marvão descobre 275 sítios arqueológicosA nova carta arqueológica do concelho alentejano de Marvão apresenta 275 sítios arqueológicos identificados, mais 200 do que os apurados há 60 anos, segundo um estudo da Universidade de Évora (UE), realizado durante seis meses.


Jorge Oliveira, coordenador da área de arqueologia da UE, disse hoje à agência Lusa que o resultado de 275 sítios arqueológicos identificados foi obtido após uma «prospecção sistemática» no terreno por parte da equipa de trabalho.
A nova carta arqueológica de Marvão foi, agora, divulgada em livro, numa edição especial da «Ibn Maruam», publicação dirigida pelo município local.
O documento, com 198 páginas, é assinado pelos docentes da Universidade de Évora Jorge Oliveira, Sérgio Pereira e João Parreira.
O concelho de Marvão foi o primeiro do país, há 60 anos, a possuir uma carta arqueológica, documento que identificava na época 78 locais.
«Esse trabalho, desenvolvido, na altura, por Afonso do Passo, foi efectuado de forma sumária, numa prospecção em passeio, mas mesmo assim identificou 78 sítios arqueológicos», explicou Jorge Oliveira.
A partir da nova carta arqueológica, segundo o mesmo especialista, a autarquia de Marvão, entidade que pediu o levantamento, fica munida de um documento «precioso para o planeamento e gestão autárquica».
Na opinião de Jorge Oliveira, o levantamento arqueológico efectuado «servirá, seguramente, como ponto de partida para novas investigações, que conduzirão a um mais aprofundado conhecimento do passado desta região».
O responsável manifestou-se também convicto de que a nova carta arqueológica vai permitir «evitar a destruição patrimonial que, muitas vezes, acontece por acidente ou por uma outra causa desconhecida».
«Este documento evita essas situações, porque a informação está geo-referênciada e, com facilidade, qualquer técnico ou projectista poderá adquirir estes dados, evitando a destruição de certos e determinados sítios», concluiu.

Diário Digital / Lusa
17-12-2007 13:45:00

sábado, 15 de dezembro de 2007

e assim vai a arqueologia...

No sitio arqueológico do Prazo ("musealizado"), em Freixo de Numão, encontram-se as seguintes placas informativas:


Ambas se referem quer ao período Mesolítico bem como à Idade do Bronze como sendo datados de 700/800 a.C. (para além de escritas na ordem inversa ao correcto, devia estar 800/700 a.C.) , ambas as datas são incorrectas para qualquer um dos períodos – inserem-se quando muito na Idade do Ferro (os vestígios aparentam ser, quanto a mim, da I.Ferro/castrejos)…

Agora pergunto, que estará incorrecto: as datas, ou os períodos cronológicos atribuidos aos vestígios? Ambos?
Quem sabe, pois nesta estação arqueológica tudo parece ser possível…
Aqui é quanto a mim tudo muito suspeito, reconstruções, datações, contexto, etc...
A quem puder... visite e veja pelos seus próprios olhos!