quarta-feira, 30 de setembro de 2009
segunda-feira, 3 de novembro de 2008
Historia de un hallazgo
domingo, 2 de novembro de 2008
A HISTÓRIA DEBAIXO DA TERRA - Ciclo de conferências
Sempre às Quintas, sempre às 18.30 horas.
Biblioteca-Museu República e Resistência Espaço Cidade Universitária
Rua Alberto de Sousa, 10-A (À zona B do Rego)
Tel.: 21 780 27 60 Fax: 21 780 27 88 e-mail: bib.republica@cm-lisboa.ptwww.cm-lisboa.pt/cultura/DBD/brepublica
Núcleo de Estudos do Tejo
Tutankhamun the boy-king @ Museu do Cairo
quinta-feira, 30 de outubro de 2008
BRITISH MUSEUM
Arqueólogos israelitas descobrem texto em hebraico com 3000 anos
IN:público
terça-feira, 7 de outubro de 2008
Caminhada...
...ao longo do Rio Ave
"No próximo dia 11 de outubro, e findo o período de férias, a Associação de Protecção ao Património Arqueológico de Vila do Conde de Vila do Conde e o Clube Fluvial Vilacondense, dando continuidade ao projecto que têm vindo a promover, agendaram um passeio pedestre ao longo do Rio Ave fruindo de belíssimos trilhos florestais e possibilitando um melhor conhecimento do nosso concelho – da Ponde de D. Zameiro à memória de uma vila romana, do forno de cal da casa de Peniche ao Castro de Ferreiró, ou dos moinhos da ribeira de Friães à antiquíssima Igreja de Santa marinha – há um somatório de pretextos que marca positivamente esta proposta.
A caminhada inicia-se pelas 9h30, na Quinta da Espinheira e a concentração, pelas 9h, far-se-á como habitualmente na Praça Luís de Camões, junto ao Tribunal de vila do Conde.
O custo do programa, que inclui almoço-convivio, é de 12 euros por pessoa (10 euros para associados) e, por questões logísticas, agradece-se que os interessados se inscrevam, desde já, nas sedes do CFV (Tel. 252 632 259) ou da APPA-VC (Tel. 252 631 087), onde poderão conhecer outros pormenores.
O regresso a Vila do Conde está previsto para as 16 horas, e é suficiente trazer uns ténis ou sapatos confortáveis... e boa disposição.
...e não se esqueça que caminhar é um bom remédio! Venha daí.
Por: Vasco Pinto
domingo, 21 de setembro de 2008
Ossadas humanas com 4500 anos descobertas nos Perdigões
"Ossadas humanas com 4500 anos descobertas no Esporão
Público, 20.09.2008, por Maria Antónia Zacarias
Arqueólogos do complexo dos Perdigões terão identificado três esqueletos que seriam das primeiras sociedades de camponeses do Sul da Europa
O Complexo Arqueológico dos Perdigões, projecto da Herdade do Esporão, em Reguengos de Monsaraz, fez novas descobertas inéditas. Durante as escavações de 2008, realizadas pela ERA-Arqueologia, em fossas escavadas há aproximadamente 4500 anos, a equipa de arqueólogos identificou um conjunto de três esqueletos humanos do que se pensa serem das primeiras sociedades de camponeses do Sul da Europa.
Segundo os peritos, este achado é particularmente importante e surpreendente porque não teve lugar na necrópole, local onde até agora eram conhecidas todas as sepulturas do sítio, mas sim a cerca de 300 metros do cemitério. "Esta descoberta suscita um grande interesse na comunidade científica e abre novas linhas para o programa global de investigação do sítio dos Perdigões", afirmou António Valera, responsável pelo Núcleo de Investigação Arqueológica da ERA.
Os vestígios encontrados indicam uma importante revelação no que respeita ao estudo do ritual de gestão da morte. "Era já sabido que, após a morte de cada indivíduo existiria um local onde o corpo era colocado para decomposição, sendo os ossos transportados posteriormente para a necrópole", explicou.
Esta descoberta surgiu no decorrer de uma investigação sobre a actividade da povoação na área da metalurgia do cobre em dois fossos e de um conjunto de fossas circulares. Segundo António Valera, aquelas fossos contêm abundantes vestígios de ossos de fauna e grande quantidade de fragmentos cerâmicos, de pesos de tear, instrumentos em pedra e restos de cobre resultantes de fundição. "Já a escavação das fossas circulares revelou algumas surpresas, sendo a mais significativa a identificação de enterramentos humanos", frisou.
"O povoado de 16 hectares, fundado há mais de cinco mil anos, apresenta particularidades que o tornam num dos importantes complexos pré-históricos deste género conhecidos na Europa, sendo constituído por vestígios de um santuário megalítico, incluindo menires, e um conjunto de recintos concêntricos definidos por grandes fossos escavados na terra e na rocha e um cemitério de sepulturas", explica António Valera.
Abertura ao público
A confirmação da grande importância histórica dos Perdigões deu-se em 1996, numa zona de plantação de vinha da Herdade do Esporão, que, "enquanto empresa que preserva o património, imediatamente se apercebeu da relevância deste achado, abandonando a plantação para investir em estudos e escavações", sustentou o presidente da administração da Finagra, José Roquette, que pretende agora "trazer à superfície o povoado e impulsionar visitas ao público para conhecimento do modo de vida dos nossos antepassados".
Está em curso o processo de classificação do complexo como monumento nacional. A ERA-Arqueologia, impulsionada por José Roquette, encetou há cinco anos um processo de candidatura, tendo-a apresentado ao Instituto de Gestão do Património Arquitectónico e Arqueológico. Para Miguel Lago, um dos responsáveis desta investigação, "tudo aponta para que o complexo seja considerado monumento nacional e, se assim não for, no mínimo terá que ser considerado como imóvel de interesse público", justificou. "
mais acerca da estação arqueológica dos Perdigões em: http://www.nia-era.org/
sábado, 20 de setembro de 2008
Espólio arqueológico nacional aguarda despejo sem ter nova casa
Espólio arqueológico nacional aguarda despejo sem ter nova casa
20.09.2008 - 07h20 Ana Machado
A morada desta autêntica gruta de Ali Babá dos tesouros arqueológicos nacionais fica na Avenida da Índia, nº 136, em Lisboa. É para lá de um enorme portão verde, mesmo em frente à estação da CP de Belém que se concentram, por 12 mil metros quadrados de área, centenas de contentores com os mais importantes achados realizados em território nacional. Tudo começa ali e tudo acaba ali na arqueologia. Mas poucos sabem o que ali se guarda. À espera de ser despejado daquele local, onde vai crescer o futuro Museu dos Coches, este autêntico tesouro continuam à espera de ordem do ministro da Cultura para ser encaixotado rumo a uma nova casa.
Primeiro é preciso conquistar a simpatia do CIPA, o cão de guarda adoptado pelo pessoal do Centro de Investigação em Paleoecologia Humana, que lhe deu o nome. Passa-se então o portão das instalações do antigo Instituto Português. Mas não se imagina o que todo aquele espaço guarda.
Visitado quase em exclusivo por investigadores, os armazéns de depósitos arqueológicos, a biblioteca de arqueologia, a mais importante a nível nacional, e o espólio do Centro Nacional de Arqueologia Náutica (CNAS), estendem-se por vários edifícios dispersos por corredores de terra batida que parecem não terminar. Como se de uma pequena aldeia se tratasse.
Em pleno núcleo histórico de Belém, a escolha para a construção do novo Museu dos Coches, ali vizinho, acabou por recair nesta cobiçada fatia de terra, o que implica mudar de lugar centenas de contentores de material arqueológico, algum de muito delicada conservação, toda a base de dados da Arqueologia Nacional, com os dados sobre os 26 mil sítios arqueológicos registados em todo o território de Portugal continental.
Os terrenos por onde hoje se estende o espólio do extinto Instituto Português de Arqueologia (cuja fusão com o Instituto Português do Património Arquitectónico, IPPAR, deu lugar ao Igespar em 2002), foram comprados ao Exército no início da década de 1990, já a pensar numa nova casa para o muito concorrido Museu dos Coches. Mas, na indefinição sobre o arranque desse projecto, foi o IPA que acabou por descer, em 1998, do Palácio da Ajuda, onde estava instalado, para ocupar aquele lugar.
Arqueólogos preocupados
Jacinta Bugalhão, arqueóloga, esteve já a tratar de embalar algumas das peças do depósito onde se contam mais de 600 contentores de peças arqueológicas. “Ainda não temos ordem para empacotar mas já estou a empacotar porque me preocupa”.
Sacode o pó das mãos antes de explicar o que significa para a arqueologia desligar, por um dia que seja, toda a base de dados da investigação arqueológica nacional: “Todos os dias surgem sítios novos. Se isto pára, a arqueologia pára. Sem sabermos para onde vamos estou a ver isto muito mal parado”, afirma.
É pelos responsáveis da sala de inventário, onde se actualiza a mega base de dados da investigação arqueológica em Portugal, que são recebidos os estudos de impacto das grandes obras públicas, que também obrigam ao levantamento dos locais de interesse. Sofia Gomes, uma das responsáveis pela base de dados tem o dedo precisamente em cima do traçado do futuro comboio de alta velocidade, que aparece no ecrã do computador: “Há um sítio de interesse arqueológico a 32 metros do traçado, no Poceirão”. Desligar a base de dados implica atraso nas obras ou risco de perda de património arqueológico.
Mais extenso, em termos de informação, que esta base de dados, só o arquivo. No edifício do arquivo os corredores a perder de vista pintam-se de amarelo, a cor dos milhares de dossiers onde permanece arquivada toda a informação arqueológica. “Temos um quilómetro e meio de dossiers. O que está no sistema informático em síntese, aqui aparece com toda a informação, o mais completo possível, mapas incluídos”, explica Jacinta Bugalhão.
A informação começou a ser ali arquivada desde os anos 40. “Mas nos últimos 10 anos explodiu”, acrescenta João Mendes, especialista em arqueologia preventiva ( -“tentamos prevenir o aparecimento dos problemas”), que também acompanha a visita. Passando os olhos pelas lombadas aparecem o plano de salvaguarda do Alqueva, o processo de classificação do Vale do Côa... “Usamos estes dossiers todos os dias”, conta. Ali chegam cerca de 60 a 80 processos por dia.
Um dos casos que mais tem preocupado a comunidade de investigadores de arqueologia, quando se fala na mudança de casa, é o da Biblioteca. Trata-se da mais completa de Portugal, com informação procurada por investigadores nacionais e estrangeiros que se ocupam com a arqueologia nacional.
Foi aliás a biblioteca que motivou o lançamento de uma petição on-line, dirigida ao ministro da Cultura onde os subscritores mostravam preocupação com o futuro do espólio de cerca de 55 mil obras. Este espólio foi engrossado quando, em 1999, encerrou em Lisboa a delegação da Biblioteca do Instituto Arqueológico Alemão. Esta cedência foi feita em regime de comodato, o que significa que continua a ser património do Estado alemão que a pode reclamar se, por exemplo, não estiver acessível ao público.
“Estão aqui as obras mais procuradas da Península Ibérica, procuradas por investigadores nacionais e estrangeiros que vêm procurar informação sobre Portugal”, diz António Faria, responsável pela biblioteca, preocupado também com as consequências do parco orçamento disponível para esta área. “A Revista Portuguesa de Arqueologia”, por exemplo, de periodicidade semestral, não é publicada desde o segundo semestre de 2007: “Precisamos de espaço para publicar artigos. Esta revista saiu durante dez anos. Não há dinheiro. É o que nos dizem”.
Achados náuticos em risco
Mergulhando mais nas ruas de terra batida das antigas instalações das oficinais do Exército, Jacinta Bugalhão aponta uma porta metálica que dá acesso a um outro grande armazém. A porta range para dar acesso a um ambiente de filme ao estilo Indiana Jones, acentuado pela arquitectura industrial, com varandins de ferro, que caracterizam o espaço. É a sala da divisão de arqueologia náutica.
Pirogas monóxilas (feitas de um único tronco de árvore) encontradas no rio Lima e datadas com 2300 anos, mergulhadas em enormes tanques para preservar o estado de conservação são as protagonistas de um cenário onde se espalham caixotes com inúmeras peças e peças de artilharia em bronze encontradas ao longo dos anos na costa portuguesa ou apreendidas em feiras quando alguém se preparava para vendê-las sem conhecer o valor do que tinha em mãos.
“Nós temos toda esta linha de costa, o que nos faz um dos países do mundo com maior património náutico e subaquático. As peças aqui preservadas são muito importantes em termos patrimoniais”, frisa Jacinta Bugalhão. “Temos das maiores reservas de arqueologia náutica do mundo. Este sector é um quebra-cabeças. Não se pode parar o tratamento das peças”.
Do imensamente grande – as pirogas monóxilas – para o imensamente pequeno, a visita guiada segue para uma outra sala do complexo, onde Cristina Araújo investiga, à maneira do CSI, através da paleobotânica, o que, por exemplo, os pólens das plantas podem dizer sobre a vida e hábitos das espécies animais. Estamos no CIPA, o Centro de Investigação em Paleoecologia Humana e Arqueociências.
“Aqui trabalhamos em contextos antigos, com mais de 70 mil anos, diz Cristina Araújo que acrescenta que a indefinição sobre uma futura casa está a prejudicar o trabalho: “O laboratório vai perdendo pessoas e capacidade de investigação perante esta indefinição.”
Simon Davis, zoólogo, veio em 1999 do English Heritage, onde trabalhava, para Lisboa. É hoje um dos investigadores do CIPA. Simon revela aquele que é um dos maiores tesouros do centro de investigação, que começou a recolher em 2000. São dezenas de pequenas gavetas de madeira onde estão meticulosamente alinhados milhares de ossinhos que compõem a maior osteoteca do país que representam cerca de 50 espécies de mamíferos e 300 de aves. Todos os ossos dessas espécies estão ali catalogados. “Deve ser a melhor colecção da Península Ibérica.”
“Não podemos mudar isto de um momento para o outro. Talvez sejam necessários dois meses, não sei se estarei a errar”, diz Cristina Araújo, ao mesmo tempo que mostra amostras congeladas, “cores”, de solos, para estudo de pólens, guardados em arcas congeladoras. Não podemos descongelar este material. São milhares de anos de história. É o nosso trabalho que está em causa”.
Ministério da Economia à espera da Cultura para arrancar com obras do novo Museu dos Coches
O Ministério da Economia, responsável pelo arranque das obras do novo Museu dos Coches, faz depender o arranque das obras do novo edifício, da saída do Igespar do espaço das antigas oficinais gerais do Exército. Por isso, dizem, ainda não há data para o arranque da obra. A tutela da cultura, por sua vez, procura uma nova casa para a arqueologia nacional. Luis Chaby Vaz, chefe de gabinete do ministro da Cultura José Pinto Ribeiro, confirmou ao PÚBLICO que a hipótese da Cordoaria, como possível nova casa da arqueologia, está a ser avaliada. “Foi falada a hipótese da Cordoaria. Mas ainda não fechamos negócio com o Ministério da Defesa nem apuramos se se adequa a tudo o que pretendemos. Não queremos mudar para pior”, disse Chaby Vaz. Que adiantou que “o timing será certamente antes do final do ano” e que as negociações estão a ser seguidas pelos dirigentes do Igespar. “ As pessoas estão a ser ouvidas e decerto será sempre uma mudança para melhor. Será um pretexto para melhorar as condições”. A.M."
em: http://ultimahora.publico.clix.pt/noticia.aspx?id=1343411
sábado, 30 de agosto de 2008
A Baía de Angra do Heroísmo continua a revelar-se uma “arca” de vestígios arqueológicos do século XVI ao XX, com o aparecimento de três novos “sítios”
sexta-feira, 29 de agosto de 2008
Côa: Museu com inauguração prevista 15 anos depois da polémica
Segundo João Pedro Ribeiro, subdirector do Instituto de Gestão do Património Arquitectónico e Arqueológico (IGESPAR), o Museu do Côa, encontra-se "em fase adiantada de construção e a sua inauguração está prevista para uma data ainda a definir em 2009", depois de um investimento total de 17,5 milhões de euros.
Em declarações à Agência Lusa, João Pedro Ribeiro salientou ainda que "o museu será o principal ponto de acolhimento do Parque Arqueológico do Vale do Côa (PAVC)" que tem como "objectivos essenciais divulgar e contextualizar" os achados e "contribuir para a criação de uma dinâmica cultural na região".
O projecto é da autoria de uma dupla de jovens arquitectos portuenses, Tiago Pimentel e Camilo Rebelo, que ganhou o concurso público internacional para a obra ao propor um edifício com 170 metros de altura, simulando uma "gigantesca pedra" de xisto no betão através do recurso a moldes de silicone, uma técnica já usada pelo PAVC para as réplicas arqueológicas.
Segundo o arqueólogo do PAVC Martinho Batista, foram efectuadas apenas quatro réplicas entre as centenas de gravuras encontradas, duas porque estavam submersas e outras por estarem em risco de serem destruídas no próprio habitat.
Já a directora do PAVC, Alexandra Lima, justificou a construção do museu com a "evidente a necessidade de uma estrutura complementar de acolhimento para receber grandes grupos".
Agora, é tempo de concluir o projecto do parque e "promulgar o decreto da sua regulamentação", consolidando a sua estrutura funcional.
Por seu turno, Emílio Mesquita, presidente da Câmara de Foz Côa e da Associação de Municípios do Vale do Côa, defende que o museu não deve abrir enquanto não for acertada toda a orgânica envolvida, incluindo a recuperação do troço ferroviário Pocinho - Barca d'Alva.
Caso contrário, o museu corre o risco de "falhar irremediavelmente" nos seus objectivos, sustenta o autarca, que quer o envolvimento da população local no projecto.
"Não podemos confiar nas mãos do Estado uma riqueza que diz respeito a todos nós, em especial aos que vivem por cá, para que daí possa surgir desenvolvimento por si só", afirmou o autarca desta região 'entalada' entre os rios Douro e Côa, junto àquela que alguns denominam "fronteira do subdesenvolvimento".
A história deste processo é longa mas teve como ponto alto Outubro de 1995 quando o Governo de António Guterres ordenou a suspensão da construção da mega-barragem na Foz do Côa devido às pinturas rupestres encontradas, entretanto classificadas pela UNESCO como Património da Humanidade.
Com a identificação de diversos núcleos de gravuras e depois de vários protestos e debate público, nasceu o parque arqueológico que se proclamou como o maior museu do mundo ao ar livre do Paleolítico.
As gravuras são conhecidas desde sempre por pastores locais mas os holofotes nacionais da fama só lhes foram dirigidos depois dos trabalhos do agora IGESPAR, através do arqueólogo Nelson Rebanda, após ter identificado a denominada rocha da Canada do Inferno.
A construção da barragem foi interrompida e a EDP foi indemnizada em muitos milhões de euros mas o esqueleto da obra, ainda inacabada, permanece na paisagem, como marca visível da polémica.
Campanha arqueológica na Coriscada - Vale do Mouro
domingo, 27 de julho de 2008
Arqueólogos Madeirenses fazem descoberta nos Açores
IN( forum arqueologia)
segunda-feira, 5 de maio de 2008
Escavação na - Villa Romana do Prado Galego
Irão decorrer escavações em regime de voluntariado na estação arqueologica "Villa Romana do Prado Galego" entre os meses de Julho e Outubro de 2008...
Mais informação e inscrição aqui: http://prado-galego.blogspot.com/
domingo, 20 de abril de 2008
Prof. Julian Thomas: no Porto em Maio (parte 2)
Anfiteatro Nobre da Faculdade de Letras da Universidade do Porto (FLUP)
Dias 13 e 14 de Maio de 2008 - 15, 30 horas
... com o Prof. Julian Thomas
director do Departamento de Arqueologia da Universidade de Manchester
Dia 13 - Palestra do autor sobre STONEHENGE
Dia 14 - Colóquio informal em que estudantes de todos os graus poderão apresentar as suas questões ao autor. Prevista a utilização de elementos em power point para aqueles que o desejarem. Esta sessão conclui às 18,30 horas.
segunda-feira, 14 de abril de 2008
Prof. Julian Thomas: no Porto em Maio
Prof. Julian Thomas, da Universidade de Manchester School of Arts, Histories and Cultures No dia 13 haverá uma palestra, de tarde, com título, hora e sala ainda a indicar. No dia 14 haverá da parte da tarde um seminário informal em que poderão ser debatidas questões com este investigador, ligado ao projecto Stonehenge Riverside Project: http://www.arts.manchester.ac
Ja tive a oportunidade de ouvir 2 comunicações pelo Prof. J. Thomas em 2004 e acreditem é arqueologia que merece ser ouvida, lida, etc... Espero não perder!
quarta-feira, 2 de abril de 2008
Colóquio "Arqueologia das Terras de Santa Maria: balanços e perspectivas"
Maria: balanços e perspectivas", encontra-se já definido e pode ser consultado
abaixo. Relembramos que este evento decorrerá no dia 30 de Maio, no Auditório
da Junta de Freguesia de Santa Maria da Feira e o período de inscrições
decorre até 16 de Maio (ficha em anexo).
ARQUEOLOGIA DAS TERRAS DE SANTA MARIA:
BALANÇOS E PERSPECTIVAS
1º Painel:
Megalitismos do Centro-Norte Litoral: uma re-visitação
Dr. Fernando A. Pereira da Silva (Câmara Municipal de Águeda)
Epigrafia e Povoamento em Época Romana no Entre Douro e Vouga litoral
Prof. Dr. Armando Coelho Ferreira da Silva (Faculdade de Letras da
Universidade do Porto)
No tempo dos Mouros: as Terras de Santa Maria como espaço de fronteira na
época da Reconquista
Dra. Manuela Ribeiro (Gabinete de Arqueologia Urbana Câmara Municipal do
Porto/Centro de Arqueologia de Arouca)
Dr. António Lima (Escola Profissional de Arqueologia – Marco de Canaveses)
Panorama da actividade arqueológica no Entre Douro e Vouga: salvaguarda,
gestão, investigação e valorização
Dr. António Manuel S. P. Silva (Gabinete de Arqueologia Urbana Câmara
Municipal do Porto/Centro de Arqueologia de Arouca)
Dr. Filipe Pinto (Arqueólogo)
2º Painel:
O Castro de Ovil: um povoado da Idade do Ferro
Dr. Jorge Salvador – (Câmara Municipal de Espinho)
Uma leitura arqueológica do Castelo de Santa Maria da Feira: Resultados e
perspectivas de uma investigação em curso
Dr. Ricardo Teixeira (Arqueologia & Património)
Dr. Jorge Fonseca (Arqueologia & Património)
A capela de Santo Amaro de Beduído nos Caminhos de Santiago na Terra de Santa
Maria
Prof. Dr. Carlos A. Brochado de Almeida (Faculdade de Letras da Universidade
do Porto)
Dr. Pedro Brochado de Almeida (Câmara Municipal de Vila do Conde)
Dra. Susana Temudo (Arqueóloga)
Incursões arqueológicas no concelho de Santa Maria da Feira
Dr. Gabriel Pereira (Arqueólogo)
Dr. Filipe Pinto (Arqueólogo)
Com os melhores cumprimentos aos leitores
quinta-feira, 6 de março de 2008
Apresentação Pública do N.º 15 de Al-Madan
ENTRADA LIVRE
Mais informações em: http://www.almadan.publ.pt
MATERIAL DE PESQUISA
http://geo.kuleuven.be/geography/projects/14c-palaeolithic/
segunda-feira, 18 de fevereiro de 2008
Jornadas de Arqueologia do Vale do Tejo
Realizar-se-ão as Caros colegas e professores,
Realizar-se-ão as Jornadas de Arqueologia do Vale do Tejo em Território em Território Português, dias 3,4,5 e 6 de Abril. Quem estiver interessado em participar, é favor contactar a entidade responsável.
sábado, 9 de fevereiro de 2008
Antiguidades: tráfico lucrativo
Impossível de quantificar com precisão, o tráfico de antiguidades deverá movimentar hoje no mundo entre quatro e 7,8 mil milhões de dólares por ano, fazendo deste o mercado marginal mais lucrativo depois do tráfico de droga e de armas.Os dados são da Interpol, que há muito alerta para a estreita ligação existente entre comércio ilícito de antiguidades e crime organizado. É também este o tema de "História Perdida", mostra de carácter itinerante a inaugurar hoje (abertura ao público amanhã), no Museu Nacional de Arqueologia, na presença do prestigiado arqueólogo e académico britânico Colin Renfrew, um dos principais rostos da luta contra o tráfico de antiguidades. Patente em Lisboa até 23 de Março, "História Perdida" traça, de forma cronológica, o percurso de um flagelo que não conhece fronteiras, surgindo ela própria num momento em que, lê-se em nota de apresentação, "os códigos de ética dos grandes museus ocidentais estão a ser intensamente debatidos". Em rigor, lê-se ainda, "poucos são os objectos de colecções antigas, constituídas durante o século XVIII, que surgem no mercado: o comércio actual baseia- -se principalmente no tráfico, roubo e pilhagem". De perfil didáctico, a mostra tem guião de uma equipa já antes parcialmente envolvida na execução do relatório Stealing History - The Illicit Trade in Cultural Material, publicado em 2000 pelo McDonald Institute for Archaeological Research, a pedido da secção inglesa do ICOM - Conselho Internacional de Museus e da também britânica Museums Association.
IN:DN online: http://dn.sapo.pt/2008/01/31/artes/antiguidades_trafico_lucrativo.html
segunda-feira, 21 de janeiro de 2008
Exposição HISTÓRIA PERDIDA no MNA
Inauguração: dia 31 de Janeiro, às 18 horas
Aberta ao público entre 1 de Fevereiro e 23 de Março de 2008
Promovida pela Fundação Helénica para a Cultura e apresentada inicialmente ao público no Museu Benaki, em Atenas, esta exposição é agora trazida a Portugal, antes de seguir para a sede da UNESCO, em Paris. Continuará depois em itinerância pelos principais museus de antiguidades da Europa e da América.
A deslocação ao nosso País, em situação privilegiada e inicialmente prevista para ter lugar durante a Presidência Portuguesa da UE, decorre da cooperação institucional estabelecida entre o Museu Nacional de Arqueologia e as Embaixadas da Grécia e de Chipre em Portugal.
Trata-se de uma exposição de vincada intenção didáctica, recorrendo abundantemente a tecnologias digitais e interactivas, tais como:
-painéis documentais, retro-iluminados
-écrans tácteis interactivos
-jogos interactivos
-filmes e documentários
-réplicas de peças roubadas e depois recuperadas
-e ainda o documentário de TV “Network”, de Andreas Apostolidis, nomeado para o Prémio EUROPA 2007, exibido em permanência na sua versão original inglesa, em auditório anexo ao espaço expositivo.
Dada a grande actualidade e a projecção mundial do tema tratado, foi expressamente convidado para dirigir algumas palavras aos presentes na inauguração Lord Colin Renfrew, o mais famoso arqueólogo inglês da actualidade e um dos principais defensores do estabelecimento de normas e procedimentos internacionais visando o combate ao tráfico de antiguidades.
No sítio Internet do Museu Nacional de Arqueologia (http://www.mnarqueologia-ipmuseus.pt/), na página imprensa, encontra-se diversa documentação adicional referente a esta exposição e às temáticas nela tratadas.
CONFERÊNCIA DE LORD COLIN RENFREW - entrada livre, 1 de Fevereiro 2008 pelas 18 horas no Auditório do Museu Nacional de Arqueologia (MNA)
Cavaco Silva retoma hoje «Roteiro Para o Património
Diário Digital / Lusa 21-01-2008
In:http://diariodigital.sapo.pt/news.asp?section_id=4&id_news=314661
sexta-feira, 18 de janeiro de 2008
À descoberta da estação arqueológica da Amoreira
A acção vai decorrer na sede da Junta de Freguesia de S. Martinho de Árvore, no domingo, dia 20, arrancando às 11H00, com a inauguração da exposição que apresenta os resultados preliminares da estação arqueológica, relativos aos anos de 2005 e 2006, bem como os vestígios antropológicos ali encontrados explorando, ainda, o conceito e a funcionalidade das Fíbulas da Amoreira.
Os vestígios encontrados que estarão expostos dividem-se em três núcleos: os metais; a cerâmica de construção e a cerâmica doméstica.
De acordo com uma nota enviada às redacções, até à data, foi recolhido o seguinte espólio: “lascas de sílex, moedas, pesos de tear, peças em metal (anéis, fíbulas, esporas), contas de colar, cerâmica de construção, cerâmica comum, cerâmica cinzenta, cerâmica com decoração, cerâmica pintada, cerâmica vidrada, vidro e escória”.
As sondagens localizadas a Noroeste da freguesia, revelaram vestígios de cossoiros, pavimentos, uma estrutura e material osteológico não humano.
As sondagens localizadas a “Sudoeste permitem uma inferição relativamente à provável localização da área necrópole, porque permitiram colocar a descoberto sepulturas, material osteológico humano e um muro.
No período da tarde, a partir das 14H30, Manuel Peixoto, presidente da juntam vai proferir uma conferência sob a temática “Os achados arqueológicos na Amoreira e o Futuro de S. Martinho de Árvore”, seguida de uma intervenção de Carlos Encarnação, presidente da Câmara de Coimbra e de António Pedro Pita, director da Delegação Regional da Cultura do Centro.
A partir das 15H15 Nunes Monteiro, representante do IGESPAR explora a temática “Amoreira, uma vila Romana no Baixo Mondego”, seguida de uma intervenção das técnicas do Gabinete de Arqueologia Arte e História da Câmara de Coimbra a quem cabe a responsabilidade científica dos trabalhos arqueológicos realizados.
Raquel Santos e Ana Gervásio, arqueólogas, farão uma intervenção genérica, sobre o legado patrimonial em S. Martinho de Árvore, apresentando os resultados preliminares obtidos até à data, na intervenção levada a cabo em seis sondagens arqueológicas.
Cármen Pereira, responsável científica da autarquia pelos trabalhos antropológicos, dará conhecimento acerca dos resultados preliminares alcançados no respeitante aos vestígios antropológicos encontrados.
O encerramento da conferência estará a cargo de Mário Nunes, vereador da Cultura, seguindo-se um debate.
IN: Diário as Beiras
http://www.asbeiras.pt/?area=coimbra&numero=54681&ed=18012008)
terça-feira, 15 de janeiro de 2008
Ruínas de São Cucufate voltam a fechar ao público.
O monumento, um dos principais vestígios romanos e um dos grandes atractivos turísticos no Baixo Alentejo, fechou ao público a 30 de Dezembro, quando os dois funcionários que trabalhavam no local terminaram os contratos e não foram substituídos em tempo oportuno, explicou o presidente da Junta de Freguesia de Vila de Frades, Luís Amado.
«Mais uma vez as ruínas estão fechadas ao público», lamentou o autarca, lembrando tratar-se de «uma situação que tem vindo a repetir-se periodicamente, nos últimos anos».
A abertura das ruínas ao público é assegurada por funcionários contratados ao abrigo de um protocolo de mercado social de emprego entre o Instituto de Gestão do Património Arquitectónico e Arqueológico (IGESPAR), entidade que tutela o monumento, e o Instituto de Emprego e Formação Profissional (IEFP). «O IGESPAR continua a assegurar a abertura do monumento com pessoal contratado e subsidiado a prazo pelo IEFP», o que «não dá garantias de futuro», lamentou Luís Amado.
De acordo com o autarca, «só a criação de um quadro de pessoal irá resolver definitivamente o problema das ruínas», que, frisou, «fecham sempre ao público durante os períodos de transição entre os contratos dos funcionários subsidiados pelo IEFP».
O autarca manifestou-se também preocupado com a vegetação espontânea no local e que «não tem sido tratada» e «está a tapar as ruínas, dificultando a sua observação».
A Junta de Freguesia de Vila de Frades já expôs a situação actual das ruínas à Direcção Regional de Cultura do Alentejo (DRCA) e aguarda uma resposta, disse Luís Amado.
A Lusa tentou hoje contactar o director da DRCA, José Nascimento, que se encontrava indisponível.
Diário Digital / Lusa 11-01-2008 16:41:00
IN: http://diariodigital.sapo.pt/news.asp?section_id=4&id_news=313280
domingo, 13 de janeiro de 2008
População e autarquia trabalham juntos em escavações e descobrem 1.ºs banhos islâmicos em Portugal
População e autarquia trabalham juntos em escavações e descobrem 1.ºs banhos islâmicos em Portugal Em Loulé a população e a autarquia juntaram forças e descobriram os primeiros banhos públicos islâmicos (século XIII) que podem ser vistos a olho nu em Portugal. A descoberta foi fruto de escavações arqueológicas recentes que hoje conheceram mais um capítulo do trabalho voluntário coordenado por profissionais de arqueologia
A britânica Rose Oliveira, 48 anos, egiptóloga e a morar há mais de 20 anos no Algarve é apenas uma das várias voluntárias da população louletana que participa nas escavações arqueológicas da cidade algarvia.
Com o objectivo de juntar profissionais da arqueologia e população em geral à roda de artefactos e construções islâmicos arrancou no Verão passado com o Festival do Mediterrâneo (MED) e a sorte bateu nas muralhas da cidade de Loulé, onde pela primeira vez em Portugal se pôde ver de perto os banhos públicos islâmicos.
Além das paredes islâmicas, com um metro e 80 de altura de pé direito, que se encontraram dentro da muralha que contorna a cidade, encontramos também as «instalações dos banhos públicos islâmicos que são os únicos em Portugal que se podem ver», porque embora existam outros só se conhecem através de documentos e outros testemunhos escritos, contou a arqueóloga municipal Isabel Luzia.
A egiptóloga Rose Oliveira e a menina Olívia, 10 anos, também inglesa e voluntária nos trabalhos arqueológicos, estiveram ambas esta manhã com picaretes, pás, colherins e baldes à volta dos banhos islâmicos e nem o frio do Inverno as afastou do serviço.
pequena Olívia, que assegurou à Lusa sonhar em ser arqueóloga quando crescer, foi aluna de Rose Oliveira e pertence ao Clube de Egiptologia em Loulé. Foi assim, através do clube, que soube como participar voluntariamente nas escavações.
Mas nem só crianças e jovens participam nas escavações de Loulé. Reformados, bancários, famílias inteiras, farmacêuticos e domésticas também gostam de dar uma cavadela e carregar uns baldes de terra.
«Acho isto [escavações] viciante, porque temos sempre a ilusão de encontrar algum vestígio! Além disso é um trabalho que tem de ser feito», explicou Cândida Paz, 64 anos, adepta ferrenha das escavações, não falhando ainda nenhuma das quatro saídas para o terreno, e contabilizando 12 horas de trabalho arqueológico.
Com a «ideia de pôr toda a gente a escavar», uma iniciativa dos serviços de Arqueologia e Restauro da Divisão de Cultura da Câmara de Loulé, o objectivo é fazer do espaço da descoberta daqueles preciosos vestígios islâmicos «um espaço museológico», assegurou o responsável pela Divisão da Cultura de Loulé, Luís Guerreiro.
«Criar um espaço museológico é uma mais valia para o turismo cultural da cidade e nasce exactamente na zona histórica», refere Luís Guerreiro, visivelmente orgulhoso com os achados islâmicos.
Com calçado e vestuário apropriados, além da vacina do tétano em dia - as únicas contrapartidas para ali escavar, - todos os ajudantes ganharam já a sensibilidade de que na arqueologia tem de se ser paciente e que nenhum vestígio tem valor se não for devidamente identificado e guardado em sacos de plástico transparentes.
Uma outra recente descoberta foi a de um esqueleto que se pensa ser de um jovem homem que terá vivido há 800 anos e que durante a conquista cristã terá caído da torre islâmica, junto à muralha, especula a arqueóloga, que aguarda os resultados das análises do Museu de antropologia de Coimbra.
«As descobertas foram todas realizadas dentro da Casa das Bicas, até há pouco tempo habitada e que escondia os banhos islâmicos e colunas góticas no seu interior. As descobertas só estão no início, ainda falta mais de metade da casa para investiga», adverte a arqueóloga com um brilho no olhar. Lusa / SOL»
sábado, 12 de janeiro de 2008
...para "relaxar"!
sexta-feira, 11 de janeiro de 2008
Palestra dia 16 de Janeiro - ARQA
Associação de Arqueologia da Amadora (Damaia), será apresentada por António Valera uma palestra sobre o Povoado dos Perdigões. A entrada é gratuita. Esta palestra encontra-se integrada num Ciclo a decorrer nos meses de Janeiro e Fevereiro, no âmbito da celebração dos 20 anos da ARQA.
Mais Informações: associacao@arqa.pt ou em www.arqa.pt .
IN: Archport
sexta-feira, 4 de janeiro de 2008
Museu do Menino de Lapedo
«Temos condições únicas que queremos aproveitar», afirmou à Agência Lusa Vítor Lourenço, vereador da Cultura da Câmara de Leiria, numa referência aos achados arqueológicos em todo o concelho, mas em particular ao menino do Lapedo.
O fóssil, com 24.500 anos, foi descoberto em Dezembro de 1997, e marcou uma mudança na compreensão da evolução humana, ao apresentar indícios de convivência e cruzamento entre os Neanderthais e o homem moderno.
Até então, os estudiosos julgavam que o Neanderthal fora extinto sem qualquer cruzamento com o homem moderno, mas o fóssil encontrado contrariou pela primeira vez essa teoria.
Esta novidade colocou Leiria no mapa mundial da arqueologia a agora a autarquia quer aproveitar este empurrão para criar um centro de estudos paleolíticos no futuro museu do convento de Santo Agostinho, apostando também da criação de um amplo parque arqueológico que inclua o vale do Lapedo, onde o fóssil foi descoberto.
Para já, o primeiro passo já está dado com a construção de um centro de interpretação ambiental destinado ao Abrigo do Lagar Velho, onde o fóssil foi encontrado, mas Vítor Lourenço quer candidatar o resto do projecto ao Quadro de Referência Estratégica Nacional (QREN).
O novo centro de interpretação que será inaugurado sábado inclui «um edifício de apoio», conta com um «miradouro que permite interpretar a paisagem e apreciar todo o vale» e painéis que dão uma «explicação cronológica da evolução humana».
O abrigo será também objecto de uma explicação técnica, bem como os restantes achados feitos na zona, que comprovam a sua utilização por humanos durante milhares de anos.
A construção deste novo equipamento, que custou 150 mil euros, apoiados pelo Programa Leader, está inserida numa «estratégia de maior alcance» da autarquia que quer criar um parque arqueológico para a zona do vale do Lapedo, bem como um Centro de Estudos Paleolíticos, centrado no museu do convento de Santo Agostinho.
Além do Lapedo, a poucos quilómetros existe o Vale das Chitas, na zona do padrão, com características semelhantes e perto destes locais está a maior pedreira de sílex da região.
Em todo o concelho, estão identificados «cerca de 70 sítios de interesse arqueológico», uma situação que é considerada única em todo o país.
O acompanhamento científico de todos os trabalhos está a cargo do Instituto de Gestão do Património Arquitectónico e Arqueológico (IGESPAR), que tem trazido para o concelho investigadores portugueses e internacionais, estando agora em negociações com técnicos de universidades norte-americanas, inglesas, francesas e alemãs.
Trata-se de um «grande desafio em termos estratégicos» para o turismo da região, que pode apostar em valências mais ligadas ao património e à cultura, considerou Vítor Lourenço.
«É fundamental investir num produto turístico complementar», afirmou o vereador, salientando ainda que para que o projecto do parque arqueológico tenha sucesso será necessário envolver as comunidades locais das freguesias de Santa Eufémia e Caranguejeira.
«Terá de existir abertura dos proprietários» e será essencial que os habitantes sintam o «projecto como seu», explicou o vereador.
A inauguração formal do centro está prevista para as 12:00 de sábado, seguindo-se durante a tarde uma sessão de conferências na Escola Superior de Tecnologia e Gestão do Instituto Politécnico de Leiria, com a presença de Erik Trinkaus, antropólogo da Universidade de Washington, Brian Pierson, antropólogo da Universidade de Tulane, João Zilhão, arqueólogo em exercício na Universidade de Bristol (Reino Unido) e de Francisco Almeida, arqueólogo do IGESPAR.
Diário Digital / Lusa
04-01-2008 7:52:00
ver/ler: http://dba.fc.ul.pt/ant-bio/TA_2007/P1_10_O_Menino_de_Lapedo_Com.pdf
quarta-feira, 2 de janeiro de 2008
Achados arqueológicos lançam dúvidas sobre origem de Abrantes
As obras de requalificação que decorrem no centro histórico da Abrantes levaram à descoberta de vestígios históricos que podem obrigar a reescrever a história da cidade.
Além de algumas moedas, os arqueólogos encontraram 25 silos alinhados e escavados no solo e muitos fragmentos cerâmicos medievais que indiciam ser de origem islâmica do século X ou XI, ou seja, antes do início da nacionalidade. Um achado que a arqueóloga municipal, Filomena Gaspar, classificou como "muito interessante" e "inusitado" e que, segundo disse, "reforça a tese de ocupação islâmica, uma vez que o ano passado também foram encontradas cerâmicas pintadas de pasta vermelha com bandas brancas e que são típicas dos século X, XI".
Filomena Gaspar disse à Lusa que "a confirmarem-se a data e a pertença ao local seria necessário reler e reescrever os relatos sobre as origens da povoação que hoje é a cidade de Abrantes".
"Esta seria uma novidade enorme devido à ausência de relatos anteriores ao século XII. O que pensamos, até hoje, é que esta povoação tivesse sido fundada para defender a linha do Tejo, no tempo de D. Afonso Henriques", disse.
A descoberta tem entusiasmado não só os arqueólogos municipais como também a população e os funcionários camarários que trabalhavam na Rua Grande na instalação de condutas de gás, telecomunicações e saneamento básico.
"Esta é uma das descobertas com maior visibilidade dentro do contexto urbano e todos estão a colaborar e a escavar a totalidade dos silos que, na altura, eram o melhor instrumento para a preservação de víveres", explicou Filomena Gaspar.
Em declarações à Lusa, a vereadora da Cultura da Câmara de Abrantes disse estar "impressionada" pela quantidade de silos encontrados em linha e que a autarquia pretende "resguardar" alguns deles com placas explicativas."De facto, não é habitual encontrar tantos silos e estes são perfeitos e muito bem escavados na terra".
Isilda Jana disse que "não é possível deixá-los todos à mostra, porque a Rua Grande é uma artéria fundamental para a circulação rodoviária", mas que existem alguns que se poderão preservar.
"Existem dois silos que estão um pouco mais afastados e que vamos preservar colocando um painel de leitura relativo à sua história".
"Os outros, depois de explorados, terão de ficar subterrados", acrescentou.
Segundo disse à Lusa a arqueóloga Filomena Gaspar as datações e conclusões acerca destes achados serão dadas a conhecer em Janeiro de 2008.
IN: O MIRANTE : http://www.omirante.pt/index.asp?idEdicao=51&id=18855&idSeccao=479&Action=noticia
sábado, 29 de dezembro de 2007
Mais de 30 arqueólogos avençados do Estado cessam funções
"Lisboa, 28 Dez (Lusa) - Mais de 30 arqueólogos avençados do Estado, incluindo cinco do Parque do Vale do Côa, cessam funções na segunda-feira, pondo em risco a continuidade de escavações e investigações da arte rupestre, disseram hoje responsáveis do sector.
Os arqueólogos trabalham, há vários anos, em regime de avença para o agora denominado Instituto de Gestão do Património Arquitectónico e Arqueológico, criado por decreto em Março deste ano e que funde os antigos Instituto Português do Património Arquitectónico e Instituto Português de Arqueologia.
Cinco exercem funções no Parque Arqueológico do Vale do Côa, onde investigam a pintura rupestre, coordenam as actividades pedagógicas das visitas escolares e preparam os conteúdos expositivos do Museu do Côa, com data de abertura prevista para 2008.
Os restantes trabalham nas extensões do Instituto em Silves, Castro Verde, Torres Novas, Lisboa, Pombal, Viseu, Covilhã, Vila do Conde e Macedo de Cavaleiros, onde asseguram a realização das escavações preventivas em caso de obras públicas ou particulares em sítios de interesse arqueológico.
O vice-director do Instituto de Gestão do Património Arquitectónico e Arqueológico, João Ribeiro, manifestou-se, em declarações à Agência Lusa, "obviamente preocupado" com as consequências do termo do vínculo laboral dos arqueólogos, embora revelando-se "esperançado" de que "a descontinuidade possa criar, de futuro, os procedimentos necessários e possíveis para a substituição dos regimes de avença por contratos individuais de trabalho".
O responsável, que tutela na direcção do Instituto a área da arqueologia, referiu que, "em tempo", foi apresentada uma proposta para a renovação das avenças, que teve a "concordância" da ministra da Cultura, que a remeteu para o Ministério das Finanças, do qual aguarda resposta.
"Há a promessa de que, no mais curto prazo, a situação seja resolvida", afirmou, sem precisar datas.
João Ribeiro adiantou que a cessação das avenças insere-se no Programa de Reestruturação da Administração Central do Estado (PRACE).
A Lusa procurou saber, sem sucesso, junto dos assessores de imprensa do ministro das Finanças quando é que será dada uma resposta à proposta de renovação dos vínculos laborais dos arqueólogos.
"Foi uma forma cobarde de tratar as pessoas", lamentou à Lusa José Pedro Branco, membro da Comissão de Trabalhadores do Vale do Côa, sublinhando que os arqueólogos receberam hoje, por telefone, a notícia de que cessavam o seu trabalho no Parque Arqueológico.
O vice-director do Instituto de Gestão do Património Arquitectónico e Arqueológico João Ribeiro esclareceu que, depois de ter tomado conhecimento esta semana de que os contratos de avença dos arqueólogos não seriam renovados até ao fim do ano, reuniu-se na quinta-feira com alguns dos visados para lhes transmitir a notícia, tendo esta sido comunicada, por telefone e correio electrónico, aos que não compareceram à reunião.
"Eram absolutamente indispensáveis. Estou preocupadíssima", comentou, por sua vez, a directora do Parque Arqueológico do Vale do Côa, Alexandra Cerveira Lima, frisando que a saída de cinco arqueólogos do parque, no qual trabalhavam há dez anos, representa um "golpe grande" no "trabalho de campo na arte rupestre, na preparação de conteúdos para o novo museu e no serviço educativo".
"Com dois arqueólogos efectivos vai ser manifestamente impossível assegurar algumas funções vitais do Parque", sustentou.
Segundo a responsável, a cessação do vínculo laboral dos arqueólogos que trabalhavam para o Estado noutras regiões do país põe em causa a continuidade das "escavações prévias", uma "obrigação legal do Estado" em caso de realização de obras públicas ou particulares e estudos de impacte ambiental em sítios de interesse arqueológico.
ER.
Lusa/Fim"
E a vergonha continua... vivam o Socrates e as suas "politicas de desenvolvimento"
sexta-feira, 28 de dezembro de 2007
Reportagem "caçadores de tesouros"
(clicar para ver)
sexta-feira, 21 de dezembro de 2007
quinta-feira, 20 de dezembro de 2007
Museu da Lourinhã descobre novos achados arqueológicos
O local não é revelado por uma questão segurança e para preservar os achados. Carla Tomás, coordenadora de projecto do Museu da Lourinhã, revelou à RCL que o material que foi possível extrair encontra-se agora em laboratório para ser estudado.
Por agora é ainda impossível datar as peças descobertas, que vêm enriquecer o espólio do museu, quando está também a decorrer o estudo e inventariação da colecção de arqueologia do museu.A importância dos fósseis será mais significativa se os investigadores concluírem tratar-se mesmo de um novo sítio arqueológico.
Na área da paleontologia, o trabalho de campo realizado este ano permitiu concluir uma escavação com vários fósseis de um dinossauro saurópode, um animal herbívoro e quadrúpede pertencente ao Jurássico Superior.
Data de publicação: 2007-12-18
IN:http://www.rcl99.fm/noticia.php?id=4910
Indiana Jones portugueses esventram sítios arqueológicos em Trás-os-Montes à caça de tesouros
Bragança, 18 Dez (Lusa) - Indiana Jones à portuguesa escavam os principais sítios arqueológicos de Trás-os-Montes perseguindo hipotéticos tesouros e destruindo, ao mesmo tempo, legados do passado, denunciou hoje á Lusa fonte do Instituto de Gestão do Património Arquitectónico e Arqueológico (IGESPAR).
Segundo o arqueólogo Luís Pereira, neste afã aventureiro, estes autênticos "caçadores de tesouros" munidos de detectores de metais e pás, partem à procura de riqueza em legados antigos deixando, atrás de si, vestígios de destruição que começam a causar muitas preocupações.
O responsável pela extensão, em Trás-os-Montes, do IGESPAR garante já ter encontrado vestígios desta prática que procura falsas riquezas em locais onde o único valor que existe é o testemunho histórico. Um dos locais mais "atacados" nos últimos tempos é a gruta conhecida como Lorga de Dine, no concelho de Vinhais, no Parque Natural de Montesinho, um dos locais mais representativos do Calcolítico e da Idade do Bronze .
In:http://ww1.rtp.pt/noticias/index.php?article=314721&visual=26&tema=5
quarta-feira, 19 de dezembro de 2007
"Caçadores de tesouros" em Vinhais
Segundo o arqueólogo, os indivíduos, munidos de detectores de metais e pás, partem à procura de riqueza deixando atrás de si vestígios de destruição que começam a causar muitas preocupações. O responsável pela extensão do IGESPAR em Trás-os-Montes garante já ter encontrado vestígios desta prática e um dos locais mais "atacados" tem sido a gruta conhecida como Lorga de Dine, no concelho de Vinhais, no Parque Natural de Montesinho, um dos locais mais representativos do Calcolítico e da Idade do Bronze.
As salas e galerias têm sido vandalizadas à procura de tesouros, acredita o arqueólogo. A Câmara de Vinhais está a desenvolver um projecto de valorização do local, mas a sua protecção é complicada. Ali habita uma colónia de morcegos protegidos que precisam de sair à noite, o que não permite fechar o acesso.
A GNR de Bragança garantiu à Lusa não ter registado qualquer queixa sobre esta actividade, embora seja do conhecimento geral que algumas pessoas encontram objectos antigos.
IN: Jornal de Noticias 19/12/2007
http://jn.sapo.pt/2007/12/19/ultima/cacadores_tesouros_vinhais.html
segunda-feira, 17 de dezembro de 2007
Património Marvão
Jorge Oliveira, coordenador da área de arqueologia da UE, disse hoje à agência Lusa que o resultado de 275 sítios arqueológicos identificados foi obtido após uma «prospecção sistemática» no terreno por parte da equipa de trabalho.
A nova carta arqueológica de Marvão foi, agora, divulgada em livro, numa edição especial da «Ibn Maruam», publicação dirigida pelo município local.
O documento, com 198 páginas, é assinado pelos docentes da Universidade de Évora Jorge Oliveira, Sérgio Pereira e João Parreira.
O concelho de Marvão foi o primeiro do país, há 60 anos, a possuir uma carta arqueológica, documento que identificava na época 78 locais.
«Esse trabalho, desenvolvido, na altura, por Afonso do Passo, foi efectuado de forma sumária, numa prospecção em passeio, mas mesmo assim identificou 78 sítios arqueológicos», explicou Jorge Oliveira.
A partir da nova carta arqueológica, segundo o mesmo especialista, a autarquia de Marvão, entidade que pediu o levantamento, fica munida de um documento «precioso para o planeamento e gestão autárquica».
Na opinião de Jorge Oliveira, o levantamento arqueológico efectuado «servirá, seguramente, como ponto de partida para novas investigações, que conduzirão a um mais aprofundado conhecimento do passado desta região».
O responsável manifestou-se também convicto de que a nova carta arqueológica vai permitir «evitar a destruição patrimonial que, muitas vezes, acontece por acidente ou por uma outra causa desconhecida».
«Este documento evita essas situações, porque a informação está geo-referênciada e, com facilidade, qualquer técnico ou projectista poderá adquirir estes dados, evitando a destruição de certos e determinados sítios», concluiu.
Diário Digital / Lusa
17-12-2007 13:45:00
sábado, 15 de dezembro de 2007
e assim vai a arqueologia...
Agora pergunto, que estará incorrecto: as datas, ou os períodos cronológicos atribuidos aos vestígios? Ambos?
Quem sabe, pois nesta estação arqueológica tudo parece ser possível…
Aqui é quanto a mim tudo muito suspeito, reconstruções, datações, contexto, etc...
A quem puder... visite e veja pelos seus próprios olhos!